Turismo - História

HISTÓRIA DE NOVA FRIBURGO

A cidade foi fundada por imigrantes suíços, entre 1819 e 1820, vindos em sua grande maioria do Cantão de Fribourg, em busca de uma vida melhor no Novo Mundo. Nesta época, grande parte da Europa estava em crise devido à Revolução Industrial, às guerras napoleônicas e à erupção do Vulcão Tambora.

Em 16 de Maio de 1818, D. João VI, sentindo a necessidade de uma colonização planejada, com a finalidade de promover e expandir a civilização do vasto Reino do Brasil e querendo estreitar os laços de amizades com os povos helvéticos, aprovou o Decreto que autorizou o agente do Cantão de Fribourg, Sebastian Nicolau Gachet, a estabelecer uma colônia de 100 famílias suíças na Fazenda do Morro Queimado, no Distrito de Cantagalo, localidade de clima e características naturais parecidas com as de seu país de origem.

          

No dia 04 de Julho de 1819, os primeiros corajosos imigrantes suíços embarcaram nesta viagem sem retorno em busca de um recomeço. Dos 2006 emigrantes que partiram da Suíça, 1631 chegaram a Nova Friburgo, sendo registrados, durante todo o percurso, 389 óbitos e 14 nascimentos.

Nomeado inspetor da povoação recém-formada, Monsenhor Pedro Machado de Miranda Malheiros instalou a sede da colônia, sob a denominação de Nova Friburgo, em vista da procedência dos colonos (o nome já havia sido estipulado no Decreto e por causa de Gachet, que representava o Cantão de Fribourg). As primeiras levas de colonos suíços chegaram, em número de 30 famílias, em fins de 1819 e começo de 1820.

Em 3 de Janeiro de 1820, o governo baixou o alvará que concedia a Nova Friburgo o predicamento de "Vila" e desmembrava suas terras da área de Cantagalo. A instalação da Vila deu-se em 17 de Abril do mesmo ano, localizando-se a sede na povoação do Morro Queimado.

Em 1823, o Major George Antônio Scheffer foi incumbido de contratar na Alemanha a vinda de novos imigrantes para o Brasil, destinados às colônias de Leopoldina e Frankenthal, fundadas na Bahia em 1816. Porém, os colonos foram desviados desses destinos e, por motivos ignorados, encaminhados para Nova Friburgo, onde chegaram em 3 de Maio de 1824.

Em 1831, terminou o sistema de administração especial da colônia, passando sua gestão à competência da Câmara da Vila. Mais tarde, com a chegada de imigrantes italianos, portugueses e sírios, acentuou-se o progresso da localidade, que em 8 de Janeiro de 1890 foi elevada à categoria de cidade.

A partir de então, Nova Friburgo progrediu com a implantação de indústrias e afluência de turistas atraídos pelas belezas naturais e pelo clima privilegiado da zona montanhosa (seco e propício para a boa saúde). Os colégios Freese e Anchieta atraíram um grande número de jovens de diversos estados que, durante o século XIX, movimentavam a vida social da cidade. Impulsionada pelo desenvolvimento das fazendas de café, em Cantagalo, Nova Friburgo prosperou como importante núcleo urbano.

A partir de 1910, chegam à cidade Julius Arp, Maximilian Falck e William Peacock Denis, pioneiros da era industrial friburguense. As primeiras indústrias de imigrantes alemães instalaram-se no município em 1911, originando um novo processo de desenvolvimento, paralelo à produção cafeeira na região serrana.

Em junho de 1910, o então Presidente da República, Nilo Peçanha, inaugurou na cidade o Sanatório Naval, com a missão inicial de tratar as vítimas de beribéri, tuberculose e outras doenças. O clima frio era favorável para a recuperação dos convalescentes. O espaço, hoje tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), também foi utilizado como campo de internação para tripulantes de navios alemães, aprisionados pelo governo brasileiro em vários portos durante a Primeira Guerra. A partir de então já era uma prática recorrente desde a primeira metade do século XIX, a cidade passa a receber diversos visitantes em busca de tratamentos de saúde. Muitos deles acabaram fixando residência na cidade.

Nos primeiros anos do século XX, enquanto na região do entorno desmoronava a economia que havia se sustentado sobre o latifúndio escravista, Nova Friburgo convivia com o crescimento comercial e urbano. A cidade foi se afirmando também como um pólo de atração para pessoas em busca de melhores oportunidades, devido às condições adversas da vida no campo.

Em 1960, o município contava com cerca de 70 mil habitantes. Crescia o êxodo rural: quase 80% da população vivia na área urbana. Ali se instalaram novas fábricas, principalmente no setor metalúrgico. No entanto, mesmo com o crescimento do setor de mecânica e metalurgia, ainda eram as fábricas têxteis (em maior número e poder econômico) que empregavam maior contingente de trabalhadores. Naquela década surgiram as primeiras iniciativas voltadas para o planejamento urbanístico da cidade.

A rica história de Nova Friburgo diferencia e define o seu povo. Um traço marcante da cidade é a influência deixada por imigrantes de diversos países, cujos costumes foram incorporados à cultura do povo friburguense.

 

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